Por tamyres.matos
Suíça - O primeiro dia da Conferência de Genebra sobre a guerra civil na Síria, foi de tensão e deixou os participantes pessimistas com a possibilidade de um acordo de paz. Durante o dia de ontem, houve trocas de acusações entre representantes do governo sírio e dos grupos militares que lutam contra ele.
Os ânimos ficaram mais acirrados quando o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu a mudança de govenro na Síra como condição para um acordo de paz. “Não há nenhuma possibilidade de Bashar Al-Assad permanecer no poder”, disse o americano, que sugeriu um governo de transição no país árabe.
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A proposta foi rechaçada pelo ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem. “Ninguém no mundo pode conferir ou retirar a legitimidade de um presidente, a Constituição ou uma lei, exceto os próprios sírios”.
Mesmo advertido pelo secretário-geral da ONU Ban Ki Moon, o chanceler extrapolou os 10 minutos previstos e disse que certos países ali representados tinham o sangue dos sírios nas mãos e tentam desestabilizar o país.
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Durante a sessão de ontem, o líder da principal frente de oposição a Assad, a Coalizão Nacional, mostrou uma foto que, segundo ele, comprovaria as torturas praticadas pelo governo. Essa foi a primeira vez que membros da oposição e situação ficaram frente a frente, desde o início do conflito.