Por tamara.coimbra
Itália - Promotores de Milão disseram nesta quinta-feira que abriram uma nova investigação contra Silvio Berlusconi sobre acusações de que o ex-primeiro-ministro italiano corrompeu testemunhas de um julgamento no qual ele foi condenado por pagar para ter relações sexuais com uma menor.
A investigação ocorre depois da condenação de três cúmplices em um caso separado, mas relacionado, no qual foram considerados culpados de buscar jovens para se prostituírem em festas na luxuosa mansão de Berlusconi nos arredores de Milão.
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Silvio, assim como seus advogados Niccolò Ghedini e Piero Longo, está entre os interrogados por um suposto crime de corrupção em ato judicial por ter podido induzir outros para prestar falso testemunho, segundo as conclusões que chegam nos veículos italianos.

A Promotoria de Milão decidiu abrir a investigação como um "ato devido" após as indicações dos juízes que se encarregaram do caso Ruby em primeira instância em suas duas ramificações, que condenaram o ex-primeiro-ministro em 24 de junho a sete anos de prisão e a inabilitação perpétua para cargo público por abuso de poder e incitação à prostituição de menores.

Silvio Berlusconi é investigado por falso testemunhoReuters


Após saber de sua inscrição entre os investigados, Berlusconi, que em novembro foi expulso do Senado por sua condenação fixada definitivamente a quatro anos de prisão por fraude fiscal, divulgou uma mensagem na qual insiste em que nos últimos 20 anos uma "certa magistratura politizada aliada com a esquerda" tentou lhe destruir por ser o único obstáculo que tinham para o poder.

"Estou aqui e continuo aqui, sentindo sobre mim clara e forte toda a responsabilidade que me vem da confiança e do voto dos cidadãos. Sigo no campo político, mais convencido que nunca de ter que combater até o final para ver prevalecer aquilo em que acredito profundamente", diz o ex-primeiro-ministro.
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"O da Justiça é realmente um dos primeiros problemas do país. Um problema que afeta todos os âmbitos de nossa vida: desde as liberdades fundamentais à representação democrática e a economia", acrescenta.