Por tamara.coimbra
Itália - A polícia recuperou na quinta-feira uma peça de ouro e vidro que continha o sangue do falecido Papa João Paulo II, mas descobriu que o pano manchado com o sangue dele desapareceu, disseram autoridades. O chefe da associação que toma conta da pequena Igreja nas montanhas a leste de Roma de onde o relicário foi furtado, Pasquale Corriere, disse que três homens foram detidos pela polícia na capital regional, L'Aquila.

Os homens levaram a polícia ao local onde tinham jogado a relíquia, mas o pano manchado com o sangue do Papa, que morreu em 2005, não estava mais dentro, disse Corriere. A polícia interrogou os homens, que acredita serem dependentes de drogas, e irá revistar o apartamento deles, de acordo com Corriere. Um pequeno crucifixo levado com o relicário da igreja de San Pietro Della Lenca na semana passada também foi recuperado.

Arquidiocese de L'Aquila divulga foto do relicário com o sangue do falecido Papa João Paulo II Reuters


O terceiro detido relatou à polícia que sua intenção era vender o relicário e que, ao desconhecer o valor, resolveu se desfazer do mesmo. O pano encharcado de sangue era um fragmento da batina que João Paulo II usava em 13 de maio de 1981, quando foi baleado em uma tentativa de assassinato.
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Relíquias de santos e outras figuras sagradas costumam ser exibidas em relicários para serem veneradas por fiéis católicos. João Paulo II era muito ligado à região onde está o pequeno santuário onde o roubo foi cometido, ao se encontrar muito perto da montanha de Gran Sasso, perto dos Apeninos, onde o Papa Woytila ia com certa frequência passear, meditar e inclusive esquiar.
Antes da confissão destes três jovens italianos, foi ventilada a possibilidade de que se tratava de um roubo para realizar algum rito satânico ou que tivesse a ver com um roubo vinculado a algum colecionador.