Turquia - O acesso à internet já é restrito por parte das autoridades turcas, que, nos últimos anos, têm impedido milhares de sites de funcionar. Desde que manifestantes fizeram grande uso de redes sociais como Facebook e Twitter durante os protestos Gezi, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan chegou a criticar publicamente a utilização da internet.
Há relatos de que vários jornalistas perderam seus empregos por expressar as suas opiniões ou postar informações sobre os protestos no Twitter.
No protestos deste sábado, a tropa de choque da polícia turca disparou canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo contra centenas de manifestantes que tentavam marchar até a praça principal da cidade. Os manifestantes responderam com rojões e pedras contra os policiais, que isolaram a praça.
A população tentou impedir a aprovação da nova legislação que pode dar às autoridades o poder de bloquear sites por violação de privacidade, sem uma decisão judicial. Provedores de internet também seriam obrigados a manter os dados dos usuários e disponibilizá-los às autoridades.
O primeiro-ministro Erdogan negou as acusações de censura no sábado, insistindo que a legislação tornaria a internet "mais seguro e livre."