Por bferreira

Rio - Atitude considerada benéfica para a saúde íntima da mulher, dormir sem calcinha é costume apenas para 17% das brasileiras. Além disso, 42% delas nunca dormem sem o acessório e 41%, só às vezes, segundo estudo desenvolvido pela Conecta, do grupo Ibope. O hábito ajuda a prevenir doenças causadas por bactérias e fungos.

Dormir sem calcinha previne doenças íntimas na mulherDivulgação

A pesquisa foi feita a pedido da marca de sabonete íntimo Dermacyd, com mulheres de 20 a 45 anos de várias capitais brasileiras. Os dados mostram que 19% acreditam que não usar calcinha pode ser prejudicial à saúde. Por outro lado, 86% das entrevistadas que sempre dormem com a lingerie afirmaram que passariam a não usá-la se soubessem que existem benefícios.

Das mulheres que afirmam dormir sem calcinha, 37% consideram ser um hábito saudável e 10% receberam recomendação médica.

Segundo Paulo Giraldo, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da Unicamp, deitar com a pele livre é bom para a ventilação da área e evita a compressão, causada pelas peças muito apertadas. “A vulva é muito úmida, com dobras, e fica abafada por muito tempo, propiciando infecções”, explica.

O médico alerta que a falta de higiene pode facilitar o aparecimento de fungos e bactérias responsáveis por doenças, como candidíase. Coceira, ardência e odor são sintomas característicos desses problemas. “O ideal é procurar um médico. Exames de urina são receitados para detectar infecções na região. Depois, é feita bacteroscopia vaginal”.

A vaidade exagerada também é inimiga da saúde da mulher. A escolha por lingeries muito apertadas, de lycra, ajudam no processo infeccioso. É melhor optar por calcinhas de algodão.

Higienização quatro vezes por dia

O recomendado é higienizar de três a quatro vezes ao dia a região, sendo uma delas antes de dormir. De acordo com a pesquisa, 84% das entrevistadas tomam banho antes de ir para a cama. Das que dormem sem tomar banho, 32% não acham necessário realizar higienização.

De acordo com o ginecologista Paulo Giraldo, é essencial lavar a região com água e sabonetes íntimos: papel higiênico não basta. O produto ideal deve ter PH ácido, textura líquida e não fazer muita espuma. “Se não tem como lavar, a alternativa é usar lenços umedecidos”, aconselha.

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