Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, ofereceu nesta quinta-feira ajuda à polícia do Reino Unido para fazer "gestões" com o governo português para acelerar as investigações sobre o caso da menina inglesa Madeleine McCann, que desapareceu em 2007 no Algarve.
"As investigações são de responsabilidade das autoridades policiais, mas se há algo que o governo possa fazer para facilitar seu trabalho, certamente consideraremos e faremos tudo o que pudermos para ajudar", disse um porta-voz do primeiro-ministro. Cameron fez o comunicado às forças de segurança um dia depois que um dos responsáveis pela investigação, o sub-assistente de comissário Martin Hewitt, se mostrou frustrado com a lentidão dos sistemas legais através dos quais a polícia britânica canaliza seus pedidos às autoridades portuguesas.
"O primeiro-ministro, a ministra do Interior (Theresa May) e outros sempre deixaram claro seu apoio ao trabalho que a polícia está fazendo e estão sempre dispostos a considerar se é possível fazer algo mais", assinalou o porta-voz de Cameron. "Nesse sentido, sempre poderiam ser feitas novas gestões com o governo português, por exemplo, se isso fosse ajudar", disse o porta-voz.

A Scotland Yard informou na quarta-feira que as forças de segurança buscam um homem que abusou sexualmente de cinco meninas em apartamentos na região portuguesa do Algarve entre 2004 e 2006. Trata-se de um indivíduo moreno, de cabelo escuro, que segundo a polícia entrou à força em 12 casas onde estavam famílias britânicas.
Em alguns desses episódios, cinco meninas de entre 7 e 10 anos de idade foram vítimas de agressões sexuais. Segundo o detetive da polícia britânica Andy Redwood, o intruso não foi relacionado com o caso Madeleine pela polícia portuguesa, já que as agressões aconteceram em uma região muito ampla do sul de Portugal.
A Polícia Judiciária lusitana (PJ), anunciou nesta quinta-feira, por sua vez, que desde outubro investiga a relação entre o desaparecimento da menina inglesa e esse homem. A Procuradoria-Geral portuguesa reabriu o caso do desaparecimento da menina em 24 de outubro, seis anos e meio depois do desaparecimento, e depois que em 2008 as investigações foram suspensas por falta de provas.