São Paulo - Em 10 de junho de 1944, durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), o vilarejo francês Oradour-sur-Glane foi palco de um dos massacres mais sangrentos do Exército nazista na Europa: 642 pessoas - 247 delas crianças - foram queimadas vivas ou fuziladas em um ato de barbárie. Mas ao contrário do que aconteceu com outras vilas também dizimadas pela violência, parte do local onde houve a tragédia mantém as marcas da violência intactas - e chega a receber até 300 mil turistas por ano.
Longe dali, na América do Sul, não foi a violência que esvaziou a cidade balneária de Epecuén, Argentina. A região localizada a 550 km da capital Buenos Aires recebia milhares de turistas até 1985, quando um inverno rigoroso e uma inundação deixaram o local submerso sob 10 metros de água. Os habitantes deixaram a cidade às pressas e desde 2009, quando a água começou a baixar, as ruínas criaram um visual digno de filme de terror.