Por karilayn.areias

Rio - Israel é o primeiro país do Oriente Médio a condenar um ex-primeiro-ministro por corrupção. O crime foi cometido durante a gestão de Ehud Olmert quando era prefeito de Jerusalém, há mais de dez anos. Ele, a secretária e outro funcionário “facilitaram” a construção de um gigantesco conjunto habitacional chamado “Holy Land”, em colina não prevista no Plano Diretor perto do Parlamento.

A polícia israelense investiga todas as denúncias que recebe com plena liberdade. Nos últimos anos, recolheu informações que levaram a Suprema Corte a condenar um líder de partido religioso.

O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert (2 ª R) espera para ouvir o veredicto no Tribunal Distrital de Tel Aviv Reuters

Outra denúncia foi de funcionária do Ministério de Turismo, que teria sido forçada a fazer sexo com seu ministro. Ele já ocupava o cargo de presidente na ocasião. Em Israel, como na Inglaterra, o chefe de Estado é um símbolo, tem importância. Moshe Katsav renunciou, abrindo mão de imunidades, mas não conseguiu comprovar inocência. Foi condenado à prisão por decisão do Supremo.

No momento, estão em conclusão as investigações sobre suposta atuação de três altos oficiais das Forças Armadas para tentar impor seus candidatos ao cargo de chefe do Estado-Maior, em oposição ao designado pelo ministro da Defesa. Os métodos utilizados teriam sido impróprios e criminosos.

O tribunal ainda não declarou quais as penas serão impostas aos condenados por corrupção. Supostamente serão elevados valores monetários, entre outros. Em televisão árabe, de país mais liberal, comentarista ousou indagar “se em algum outro local da região poderia ocorrer o que acontece agora em Israel”.

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