Nova York - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inaugurou ontem o Museu e Memorial Nacional 11 de Setembro, em Nova York. “Nenhum ato de terror pode se igualar à força ou ao caráter do nosso país. Nada pode nos destruir, nada pode mudar o que somos”, afirmou, diante de parentes de mortos, equipes de resgate e sobreviventes do maior ataque terrorista da História do país, em 2001, quando dois aviões pilotados por suicidas atingiram e derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center, matando 2.983 pessoas.
O presidente disse ainda que o museu — “local sagrado, de cura e esperança” — fará com que as futuras gerações não se esqueçam dos ataques. Rudolph Giuliani, prefeito da cidade em 2001, ressaltou que aquele será visto como um lugar sagrado do país, como o campo de batalha de Gettysburg (cenário da Guerra Civil americana, em 1863), Pearl Harbor (onde ataque por forças japonesas marcou a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial) e o Memorial da Guerra do Vietnã.
No museu subterrâneo, construído abaixo de onde eram as torres, estão milhares de objetos, como pares de sapatos manchados de sangue, vídeos da tragédia e mensagens de voz das vítimas. Há ainda caminhões de bombeiros com a escada completamente deformada.
No último sábado, milhares de restos mortais até hoje não identificados foram transferidos para um repositório no museu. Alguns familiares de vítimas consideraram a decisão um ‘insulto’ e um ‘sacrilégio’. O público não terá acesso ao cômodo. O museu será aberto ao público no dia 21, após seis dias exclusivos para pessoas diretamente atingidas pelo atentado.