Por felipe.martins

Lugansk, Ucrânia - A uma semana das eleições que apontarão o novo presidente da Ucrânia, que terá mandato de cinco anos, a violência continua crescendo no país por conta das aspirações separatistas da região Leste. Neste sábado, militantes pró-Rússia atacaram um posto fronteiriço ucraniano para libertar Valeri Bolotov, governador autoproclamado de Lugansk, que acabara de ser detido ao retornar da Rússia. Não houve feridos.

Militantes Pró-Rússia patrulham ruas da cidade após ação que libertou líder rebelde em posto fronteiriçoEfe

Valeri voltava do território russo quando os guardas decidiram cumprir a ordem de prisão contra ele. Ao saberem da detenção de seu principal líder, separatistas cercaram o posto e, após uma hora de negociações sem sucesso, atacaram. Sob fogo cerrado, os soldados ucranianos foram obrigados a libertar o rebelde.

Donetski e Lugansk passaram por referendos há dias e decidiram pela separação da Ucrânia numa eleição sem fiscalização, o que pôs os resultados sob suspeita.

No campo diplomático prosseguem as negociações em busca de resolver a pior crise do país desde o fim da União Soviética. Ontem aconteceu nova rodada de encontro reunindo autoridades ucranianas e russas em busca de uma solução para o problema. Os separatistas, que dominam grande parte do Leste, se negam a sentar na mesa, pois só aceitam tratar da retirada das tropas ucranianas e exigem o reconhecimento da independência da região. A Rússia pede a retirada das forças militares ucranianas da região.

“Podem eleições celebradas em meio ao conflito armado cumprir as normas democráticas do processo eleitoral?”, questionou nota do Ministério das Relações Exteriores russo.
O encontro aconteceu na cidade de Karkov e o governo ucraniano foi duramente criticado por legisladores e outras autoridades do Leste do país, por ignorar os problemas dessas regiões, hoje dominadas por manifestantes pró-russos.

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