Tailândia - Cinco monges budistas foram presos pela polícia da Tailândia, ontem, acusados de abusar sexualmente de oito meninos, todos com menos de 15 anos de idade. Os crimes ocorreram dentro de monastérios na região norte do país. As autoridades abriram uma investigação, que resultou nas capturas, a partir das denúncias à polícia de uma das crianças.
“Todos os monges eram abades de seus respectivos monastérios. Quatro deles concordaram em abandonar o hábito, mas o quinto negou as acusações e foi forçado a se demitir”, disse Prachuab Wongsuk, oficial da polícia no norte da Tailândia. O agente explicou ainda que, durante o cumprimento de mandados de busca nos quartos dos monges em cinco monastérios perto da cidade de Chiang Mai, foram encontrados ‘brinquedos’ eróticos, filmes pornográficos e bebidas alcoólicas.
Os cinco acusados podem ser condenados a penas de até 20 anos de prisão. A polícia tailandesa acredita que eles agiam juntos, e que outros religiosos poderão ser presos no decorrer de mais investigações.
ESCÂNDALOS
Na Tailândia, um país predominantemente budista, os monges têm grande prestígio. Nos últimos anos, porém, vários deles têm sido envolvidos em escândalos por envolvimento com drogas e álcool, jogos de azar e também relações com prostitutas, segundo as agências internacionais de notícias.
No ano passado, um vídeo divulgado na internet mostrava três monges da Tailândia ostentando riquezas. Eles viajavam em jatinhos particulares, usavam fones de ouvido e óculos escuros, e usavam bagagens de marca cara (Louis Vuitton).
Rede social é bloqueada
A Tailândia enfrenta também grave crise política. Dia 22, o Exército local deu um golpe de Estado, e tomou o poder. Ontem, o Ministério de Informação bloqueou o Facebook para evitar que manifestantes organizem atos públicos pela internet. Em compensação, o toque de recolher de sete horas imposto após o golpe foi reduzido para quatro horas. Veículos como jornais, rádios e TVs já foram ‘instruídos’ a evitar reportagens contra os militares.
O Exército justifica o golpe como forma de manter a ordem no país, sacudido por manifestações contra a corrupção no poder. Após o golpe, os militares desfizeram a Constituição.