China - O governo chinês adotou um vasto esquema de segurança para evitar quaisquer manifestações relacionadas à repressão aos protestos pró-democracia no entorno da Praça da Paz Celestial há 25 anos, espalhando a polícia pelas ruas enquanto censores vasculhavam a Internet para eliminar qualquer menção aos eventos da época.
Em 4 de junho de 1989, o governo da China pôs fim aos dois meses de ocupação estudantil da praça central de Pequim em uma violenta intervenção militar. Mais de 2 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas, segundo dados da Cruz Vermelha chinesa. O episódio contra o o regime do Partido Comunista Chinês (PCC) continua banida dos livros escolares e é censurado no país.
Vários governos, incluindo os Estados Unidos, fizeram um apelo à China para que revele o que ocorreu com os manifestantes em 4 de junho de 1989, o que irritou o governo chinês, que considera o movimento "contra-revolucionário".
O líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, aproveitou o aniversário para pedir à China que adote a democracia.
A China nunca divulgou uma cifra de mortos na repressão, mas grupos de defesa dos direitos humanos e testemunhas estimam o total entre várias centenas ou vários milhares.
As tropas chinesas abriram caminho pelo centro de Pequim depois que manifestantes tomaram a praça por cerca de seis semanas. Houve também protestos em muitas outras cidades.
Nesta quarta-feira, polícia, soldados e pessoal da segurança à paisana checavam documentos de identidade e revistavam sacolas em busca de qualquer indício de que alguém estivesse tentando entrar na praça para lembrar o aniversário da repressão.