Por clarissa.sardenberg

China - A China libertou nesta quinta-feira três ativistas que estavam detidos havia um mês por comparecerem a um encontro para relembrar a repressão militar contra os protestos pró-democracia na Praça da Paz Celestial em 1989, disseram seus advogados.

Os ativistas foram libertados um dia após o aniversário de 25 anos da sangrenta repressão, relembrada por dezenas de milhares de pessoas em Hong Kong, mesmo após autoridades chinesas terem buscado suprimir o evento na China continental.

Dois ativistas ainda permanecem sob custódia.

Imagem histórica do homem que enfrentou tanques na Praça da Paz Celestial em 1989Reprodução Internet

As detenções provocaram críticas dos Estados Unidos e da União Europeia, que pediram a libertação deles. A China apresentou novas e mais veementes objeções às reclamações dos EUA.

Para o dominante Partido Comunista, as manifestações que lotaram a Praça Tiananmen, em Pequim, e se espalharam para outras cidades permanecem um tabu. O governo nunca revelou o total de mortos, mas estimativas de grupos de direitos humanos e diversas testemunhas variam de centenas a vários milhares.

Os ativistas presos, Liu Di e Hu Shigen, ambos escritores dissidentes, e Xu Youyu, um pesquisador na Academia Chinesa de Ciências Sociais, um centro de pesquisas e análises do governo, foram libertados sob fiança, disseram seus advogados e um parente.

Eles foram detidos por “provocar tumulto” em relação ao encontro realizado em um apartamento privado.

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