Por karilayn.areias

Rio - O Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, na Holanda, anunciou nesta quinta-feira que irá julgar o ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, por crimes contra a humanidade.

Ele será o primeiro ex-chefe de Estado julgado pelo tribunal, sob a acusação de perseguição política, que teria resultado na morte de mais de 3 mil pessoas. Os crimes teriam ocorrido durante o impasse eleitoral pelo comando do país, entre 2010-2011.

Em 2011, após uma eleição ganha pelo seu rival, Alassane Ouattara, atual presidente da Costa do Marfim, Gbagbo pediu uma recontagem dos votos devido a uma possível fraude em nove estados, conseguindo virar o resultado a seu favor. O fato gerou a uma onda de violência no país.

O Tribunal Penal Internacional decidiu julgar o ex-presidente após analisar declarações de 108 testemunhas, 22 mil páginas de documentos, além de provas em áudio e vídeo.

Gbagbo afirma que foi retirado do poder em função a uma conspiração liderada pela França, país que colonizou a Costa do Marfim. Ele nega as acusações que o apontam como principal responsável pela onda de violência, após a sua recusa em abandonar a Presidência, na qual permaneceu dez anos.

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