Israel - Soldados israelenses fizeram buscas nesta sexta-feira no território palestino da Cisjordânia para procurar três adolescentes, um deles cidadão dos EUA, que desapareceram de assentamentos vizinhos, com o receio de que tenham sido sequestrados por militantes palestinos, disseram autoridades. "A principal missão é garantir seu retorno", disse o porta-voz militar Motti Almoz.
As autoridades ofereceram poucos detalhes, com a mídia local apenas informando que os adolescentes que viajavam de carona deixaram seu Yeshiva (ou seminário religioso) na noite de quinta e não foram vistos desde então. Soldados perto de Hebron varreram as colinas rochosas da Cisjordânia em busca deles nesta sexta.
Ninguém reivindicou imediatamente responsabilidade pelos desaparecimentos, que acontecem depois da formação de um governo de unidade palestino após o colapso das negociações de paz patrocinadas pelos EUA.
Sem dar mais detalhes, duas autoridades de Defesa de Israel disseram sob condição de anonimato acreditar que os jovens provavelmente foram sequestrados por militantes palestinos.
Capturada da Jordânia por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967), a Cisjordânia é reivindicada pelos palestinos juntamente com a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como parte de seu futuro Estado.
Tsuri Tsuf, um porta-voz do assentamento em que morava um dos adolescentes, disse ao Canal 10 que sua comunidade está "profundamente preocupada" e se reuniu para rezar pela segurança dos jovens. Autoridades examinam um carro queimado encontrado durante a busca.
Se os palestinos sequestraram os jovens, seria o primeiro incidente sério a desafiar as relações com Israel desde a formação do governo de unidade palestino no início deste mês. O governo é liderado pelo partido Fatah do presidente palestino, Mahmud Abbas, e apoiado pelo grupo militante islâmico Hamas. O Ocidente e Israel consideram o Hamas um grupo terrorista por causa de seus ataques mortíferos contra civis.
Adnan Demeiri, porta-voz dos serviços de segurança palestinos, desconsiderou as suspeitas de Israel, afirmando que o desaparecimento dos jovens aconteceu em uma área sob a proteção de segurança israelense.