Por bferreira

Iraque - O avanço de terroristas da organização Estado Islâmico do Iraque e da Síria (Isis) sobre o território iraquiano estimulou episódios de violência entre duas correntes do islamismo — sunitas e xiitas. Somente ontem, houve mais de 60 mortes, sete delas na capital do país, Bagdá, devido à intolerância religiosa.

Enquanto isso, o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, destituiu quatro comandantes das forças de segurança do Iraque por incapacidade de enfrentar o avanço dos terroristas, que seriam da corrente sunita.

A maior parte das mortes registradas ontem foi de homens supostamente sunitas. Em Baquba, a 60 km de Bagdá, milicianos do Isis invadiram uma delegacia para tentar libertar 44 prisioneiros da corrente islâmica, e estes acabaram morrendo durante confrontos com policiais.

Em Bagdá, os corpos de quatro homens com idades entre 25 e 30 anos foram encontrados com várias marcas de tiros, sem documentos, numa rua no bairro de Benuk. A polícia acredita que sejam sunitas, atacados numa área controlada por milicianos xiitas.

Outros três corpos foram achados em Bagdá, num necrotério: o do clérigo Nihad al-Jibouri e de dois assistentes dele. A Associação de Eruditos Muçulmanos disse em um comunicado que os três foram sequestrados na quinta-feira por homens vestindo uniformes das forças de segurança do governo no bairro de Saidiyah. Além disso, autoridades do país afirmam que a explosão de um carro-bomba ontem matou mais dez outras pessoas em um bairro xiita da capital.

Para o enviado especial das Nações Unidas no Iraque, Nickolay Mladenov, a ofensiva jihadista é uma “ameaça de morte” ao país e à região. Os jihadistas sunitas do Isis assumiram o controle da segunda maior cidade do país, Mossul, e de grande parte do Norte e do Leste, área de maioria xiita.

Maior refinaria de petróleo interrompe sua produção

Num grave reflexo do avanço terrorista no Iraque, a maior refinaria de petróleo do país, em Baji, fechou suas portas ontem, como medida de segurança, e retirou funcionários estrangeiros do local. Empregados locais permaneciam em seus postos até ontem. O Exército do Iraque controla a instalação, temendo ataques do grupo Isis.

Baji é uma das três refinarias do Iraque e processa o petróleo extraído no Norte do país. As outras duas ficam em Bagdá e no sul, e permanecem operando.

“Por causa dos recentes ataques de militantes com morteiros, a administração da refinaria decidiu remover os trabalhadores estrangeiros, para sua segurança, e também fechar completamente as unidades de produção para evitar grandes danos que poderiam ocorrer”, disse um engenheiro-chefe da refinaria, que não quis se identificar, a agências de notícias. Ele afirmou que há suficiente óleo diesel, gasolina e querosene para suprir por mais de um mês a demanda doméstica.

A onda de violência também ameaça o patrimônio cultural do país, e sua destruição caracteriza um “crime de guerra”, declarou a diretora da Unesco, Irina Bokova. Ela fez um apelo para que não sejam destruídos prédios com valor histórico.

Maior refinaria de petróleo interrompe sua produção

Num grave reflexo do avanço terrorista no Iraque, a maior refinaria de petróleo do país, em Baji, fechou suas portas ontem, como medida de segurança, e retirou funcionários estrangeiros do local. Empregados locais permaneciam em seus postos até ontem. O Exército do Iraque controla a instalação, temendo ataques do grupo Isis.

Baji é uma das três refinarias do Iraque e processa o petróleo extraído no Norte do país. As outras duas ficam em Bagdá e no sul, e permanecem operando.

“Por causa dos recentes ataques de militantes com morteiros, a administração da refinaria decidiu remover os trabalhadores estrangeiros, para sua segurança, e também fechar completamente as unidades de produção para evitar grandes danos que poderiam ocorrer”, disse um engenheiro-chefe da refinaria, que não quis se identificar, a agências de notícias. Ele afirmou que há suficiente óleo diesel, gasolina e querosene para suprir por mais de um mês a demanda doméstica.

A onda de violência também ameaça o patrimônio cultural do país, e sua destruição caracteriza um “crime de guerra”, declarou a diretora da Unesco, Irina Bokova. Ela fez um apelo para que não sejam destruídos prédios com valor histórico.

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