Por clarissa.sardenberg

Rússia - Dois funcionários do metrô de Moscou foram detidos nesta quarta-feira por suposta responsabilidade no descarrilamento que deixou 22 mortos e mais de 150 feridos ontem, informou o porta-voz do Comitê de Instrução (CI) da Rússia, Vladimir Markin. A prefeitura de Moscou declarou dia de luto nesta quarta pelas vítimas do acidente, o mais grave em toda a história do metrô da capital russa.

Acidente no metrô de Moscou é considerado o mais grave da história da capital

Pessoas deixam flores na entrada do metrô de Moscou em homenagem às vítimas da tragédia desta terçaReuters

"Foram detidos dois suspeitos de descumprir as normas de segurança de transporte. São o supervisor de vias do metrô de Moscou Valeri Bashkátov e seu assistente, Yuri Górdov", disse Markin em declaração à agência "Interfax". Acrescentou que por enquanto o círculo de suspeitos se limita aos executores dos trabalhos, mas advertiu que o CI tem o propósito de estabelecer e processar a todas as pessoas involucradas na tragédia, "desde os trabalhadores até os diretores que deviam controlar o cumprimento das normas de segurança".

Na manhã desta quarta-feira, um total de 150 feridos no descarrilamento do trem do metrô continuavam hospitalizados, 56 deles com ferimentos graves e extremamente graves, indicaram fontes dos serviços municipais de emergência citadas por Interfax.

Descarrilamento no metrô de Moscou é considerado o mais grave da história do principal meio de transporte da capital russaReuters


O descarrilamento aconteceu na hora do rush no trecho entre as estações "Park Pobedy" e "Slavianski Bulvar" quando o trem partia do centro de Moscou com uma velocidade de 70 km/h. O Ministério da Rússia para Situações de Emergência anunciou que a circulação de trens no trecho afetado pelo acidente pode retomar hoje mesmo, embora inicialmente se informou que o serviço se normalizaria a partir de amanhã.

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