Estados Unidos - Dezenas de agentes de segurança, guias turísticos, empregados em lojas de presentes, entre outros, que trabalham no paraíso turístico infantil, a Disney World, na Flórida, Estados Unidos, são suspeitos de abuso sexual contra menores de idade. Pelo menos 35 funcionários do complexo de parques de diversões já foram presos naquele país desde 2006, por envolvimento direto em casos de violência ou posse de material com pornografia infantil. O levantamento foi feito pela rede CNN.
Segundo a reportagem, 32 pessoas já foram condenadas pela Justiça. Além desses, também já foram presos cinco funcionários do parque Universal Studios e dois do SeaWorld, que não pertencem à Disney mas também são muito procurados na cidade de Orlando. Nenhuma das vítimas até o momento foi abordada enquanto visitava os parques.
O porta-voz da Disney, Jacquee Wahler, disse à CNN que trabalha para proporcionar um ambiente seguro para as crianças. “É uma responsabilidade que levamos muito a sério. Eu sempre verifico se existe um passado criminoso”, afirmou.
O xerife Grady Judd disse que os funcionários a serem admitidos para trabalhar nos parques devem passar por testes no detector de mentiras. A polícia informou que continuará as investigações, para proteger outras crianças de ‘predadores sexuais’.
As últimas prisões ocorreram em junho. Na primeira fase da investigação foram feitas as prisões relacionadas com posse de pornografia infantil. A maioria dos detidos tinha imagens de crianças entre 2 e 6 anos. A segunda fase foi em sites e redes sociais onde os adultos fizeram contato com menores. Policiais se passaram por crianças. Os suspeitos enviaram imagens pornográficas de si mesmos, e pediam para as supostas vítimas mandarem fotos nuas. Eles também marcavam encontros.
Gerente está sendo julgado
Robert Kingsolver, 50 anos, que trabalhava como gerente de serviços de reparos no parque Magic Kingdom, do complexo da Disney, foi um dos investigados. Ele foi contratado em fevereiro e está sendo julgado. Ele se declarou inocente da acusação de convidar uma criança de 14 anos para fazer sexo. “Meus filhos me conhecem e sabem o quanto eu me importo com as crianças. Eles sabem que seu pai não é alguém que vai sair e ferir um menor de idade”, afirmou Kingsolver.