Por bferreira

Rio - A velha ideia de que pessoas com peso ideal estão com a saúde em dia engana. Há os chamados ‘falsos magros’, que, apesar da silhueta, têm metabolismo de uma pessoa obesa, com altos índices de gordura no corpo. O problema pode causar entupimento das artérias e diabetes, alertam especialistas.

A boa notícia é que os médicos ganharam um aliado para detectar o problema. Trata-se do densitômetro, aparelho normalmente usado no diagnóstico da osteoporose, mas que, com um software específico, avalia a densidade de gordura e músculos do corpo.

Segundo Pedro Assed, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, com o paciente deitado, a máquina ‘escaneia’ as massas magra e gorda do organismo. Podem fazer o teste pessoas que, apesar de magras, têm a chamada ‘barriguinha saliente’, além de alterações nos níveis de colesterol e glicose. “O primeiro passo é procurar um clínico ou endocrinologista”, aponta.

Ele afirma que a diferença entre o novo procedimento e os métodos tradicionais que medem a gordura — o adipômetro (pinça) e a bioimpedância (corrente elétrica que percorre os tecidos) — está na capacidade de gerar imagens que dão a localização e a densidade da gordura, além do seu tipo: visceral ou subcutânea.
“A gordura que se instala debaixo da pele e que conseguimos ‘pegar’ não faz mal à saúde”, explica.

Já a visceral, diz o endocrinologista, é perigosa, fica entre os órgãos e entope as artérias, causando doenças no coração e acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, aumenta as taxas de açúcar no sangue e o risco de desenvolver diabetes.

A origem do ‘falso magro’ é genética, mas com alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos é possível reverter o quadro, garante Assed. O exame dura até 20 minutos e em clínicas particulares custa em média R$ 280.

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