Por bferreira

Rio - Tremores, taquicardia, sudorese e boca seca são alguns dos sinais de crise de ansiedade. A doença que causa estresse, insônia e, em muitos casos, leva à depressão, é tratada com remédios e sessões de análise. A boa notícia é que diversos alimentos podem ajudar na prevenção e na luta contra o mal, como banana, leite, chocolate meio amargo, castanha do Brasil e grão de bico.

Entre as causas mais comuns para o desenvolvimento da ansiedade estão traumas, hereditariedade e problemas sérios na relação com o trabalho, de acordo com Sander Fridman, psiquiatra do Hospital Adventista Silvestre. “Muitas pessoas se tornam ansiosas porque passaram por um trauma, foram testemunhas ou personagens de tragédias ligadas à violência”, diz.

Pacientes com ansiedade crônica estão sempre com a sensação de que algo ruim vai acontecer. Eles procuram a todo momento dar conta de várias tarefas e não se permitem desapontar expectativas. Chegam a ficar paralisados e a perder a capacidade de realizar atividades esperadas.

Segundo Fridman, a hereditariedade — que engloba genética e principalmente valores sociais, passados de pai para filho — pode ser determinante para o aparecimento da ansiedade. “A forma como a família encara desafios e frustrações, isso tudo forma a nossa maneira de ver a vida”, esclarece.

Assédio moral, salários baixos e carga de trabalho excessiva também estão relacionadas ao crescimento da população ansiosa. Professores, bancários, profissionais de saúde, advogados e jornalistas estão entre os trabalhadores mais atingidos pela Síndrome de Burnout, que é o esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho e que traz ansiedade.

O mal, de acordo com o médico, afeta a qualidade do sono e o apetite sexual. A longo prazo, por causa do hormônio do estresse, o cortisol, as chances de desenvolver doenças cardíacas, úlcera, pressão alta e reumatismo aumentam muito.

O QUE INGERIR PARA SE ACALMAR

Confira as dicas de Noadia Lobão, nutricionista da Clínica NutrirSaúde, e Rafaela Allevato Frason, coordenadora do serviço de nutrição do Hospital San Paolo.

Leite, banana, grão de bico, carnes magras, peixes, leguminosas, lentilha: ricos em triptofano, que libera serotonina, neurotransmissor importante na regulação do humor.

Espinafre, feijão, laranja, aspargo e maçã: têm ácido fólico. A falta dele afeta a produção de serotonina.

Tofu, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia e arroz integral: ricos em magnésio, que funciona em parceria com o cálcio na produção de impulsos nervosos, além de regular a serotonina.

Castanha do Brasil, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral: contêm selênio, cuja carência está ligada à depressão .

Chocolate meio amargo: rico em flavonoides, que eliminam o cortisol (hormônio do estresse).

Chás de camomila, erva cidreira e maracujá: acalmam e não têm contraindicações.

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