Por clarissa.sardenberg

Libéria - Um dos três médicos africanos infectados com o ebola e tratados com a droga experimental ZMapp morreu na Monróvia, informou o ministro da Informação liberiano, Lewis Brown, nesta segunda-feira.

A Libéria, país do oeste da África onde o ebola está se espalhando mais rápido, recebeu três doses do raro medicamento em 13 de agosto. A princípio a Libéria declarou que os três médicos, os liberianos Zukunis Ireland e Abraham Borbor e o nigeriano Aroh Cosmos, estavam reagindo bem à medicação, despertando otimismo em relação à terapia experimental.

Quando lhe pediram a confirmação da morte do doutor Borbor, Brown disse: "Está correto. Ele faleceu ontem (domingo)”.

Forças de Segurança da Libéria patrulham rio em área de quarentena e isolamento de vítimas de ebola Reuters

Dois assistentes de saúde norte-americanos que contraíram o ebola na Libéria foram declarados livres do vírus na última semana depois de receberem o mesmo tratamento, mas um padre espanhol que recebeu o Zmapp morreu.

Sediado nos Estados Unidos, o fabricante da droga, Mapp Biopharmaceutical, declarou que os poucos suprimentos já se esgotaram e que levará tempo para se produzir mais.

A febre hemorrágica já matou pelo menos 1.427 pessoas no pior surto da doença até hoje. Na semana encerrada em 22 de agosto, 297 casos suspeitos, prováveis ou confirmados do ebola foram relatados na Libéria, o maior número de casos semanais desde o início da epidemia, em março, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).

O ebola pode matar até 90 por cento das pessoas infectadas, mas no atual surto epidêmico a taxa de mortes é de cerca de 60 por cento.

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