Por leonardo.rocha

Reino Unido - Passaportes de suspeitos de terrorismo serão apreendidos, impedindo assim que extremistas de origem britânica retornem ao Reino Unido após lutarem no Oriente Médio, declarou nesta segunda-feira o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, sobre as novas medidas para evitar ações terroristas no país.

É "abominável??" que cidadãos britânicos tenham "declarado fidelidade" a grupos como o Estado Islâmico, disse ele aos deputados durante pronunciamento.

Premiê britânico%2C David CameronEfe


Segundo ele, a incapacidade de o país deter terroristas que estejam voltando para casa vindos do exterior é "uma brecha no arsenal", mas apenas se comprometeram conversações entre os partidos sobre o tema. O monitoramento de suspeitos no Reino Unido também serão reforçados.

Em uma declaração ao Parlamento, Cameron reafirmou o apoio do Reino Unido aos ataques aéreos dos EUA contra os militantes do Estado Islâmico no Iraque e disse que não descarta a participação do país em ações semelhantes no futuro. O nível de ameaça terrorista no Reino Unido foi elevado para "grave" de "substancial" na sexta-feira.

"Foco Forense"

O primeiro-ministro disse aos deputados que os últimos acontecimentos no Oriente Médio tiveram grandes implicações para a segurança do Reino Unido, com estimativa de que 500 cidadãos britânicos tenham viajado para o Iraque e Síria para lutar em nome do Estado Islâmico e outros grupos militantes.

Ele disse que o mundo inteiro havia "adoecido e ficado chocado" com o assassinato do jornalista americano James Foley e pelas outras atrocidades cometidas pelo grupo que tem ocupado grande parte do território iraquiano.

Ao rejeitar pedidos por leis mais "arrebatadoras", ele disse que era necessário um "foco forense" para lidar com os jihadistas britânicos que vão voltar para o Reino Unido a partir de zonas de conflito.

Entre as medidas anunciadas estão legislação elaborada para dar à polícia novos poderes legais para confiscar passaportes de suspeitos de terrorismo nas fronteiras do Reino Unido; planos para bloquear a volta dos suspeitos de terrorismo britânicos para o Reino Unido; obrigar terroristas a passar por programas de "reabilitação" e a entrega de informações detalhadas sobre os passageiros pelas companhias aéreas que viajam de e para zonas de conflito.

Ameaça terrorista

A Grã-Bretanha elevou o nível de seu alerta de ameaça terrorista na sexta-feira de "substancial" para "severo", o segundo nível mais alto, em resposta a possíveis ataques planejados na Síria e no Iraque, disse a secretária do Interior britânica, Theresa May.

"Isso significa que um ataque terrorista é bastante provável, mas não há dados de inteligência que sugiram um ataque iminente", disse ela por meio de comunicado.

O novo nível de alerta sugere que um ataque é "altamente provável", embora Theresa diga que ataque contra o Reino Unido não é "iminente". O alerta é divulgado em meio a preocupações sobre as centenas de cidadãos do Reino Unido que podem ter viajado para o exterior para lutar com jihadistas.

Esforços também estão em andamento para identificar suposto jihadista britânico que apareceu em gravação do EI mostrando o assassinato de Foley. O comissário assistente do Policiamento Nacional Contra-Terrorismo, Mark Rowley disse que as medidas de segurança e proteção aumentaram nesta sexta.

O nível de ameaça terrorista se tornou pública em 2006 e por duas vezes foi definida como "crítica" - em agosto de 2006 depois de a polícia descobrir um plano para explodir aviões de passageiros, e em junho de 2007, após ataque ao aeroporto de Glasgow.

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