Por leonardo.rocha

Bruxelas - A União Europeia (UE) não conseguiu adotar nesta segunda-feira, como estava inicialmente previsto, as novas sanções econômicas estipuladas contra a Rússia. A atitude motivou a convocação de outra reunião informal dos embaixadores.

O encontro, que começou às 13h (em Brasília), prosseguia duas horas mais tarde sem que houvesse notícias sobre o eventual acordo. Os vinte e oito países decidiram na sexta-feira endurecer as sanções econômicas que já pesavam sobre Moscou desde julho nos mercados de capital, defesa, produtos de uso dual e tecnologias sensíveis.

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Além disso, acordaram em ampliar as restrições de viagem e o congelamento de bens de outros 24 dirigentes e oligarcas russos, crimeanos e de Donbass, a zona industrial no leste da Ucrânia onde se concentram os pró-Rússia. Estava previsto que as medidas fossem adotadas formalmente por procedimento escrito na manhã de segunda-feira e entrassem em vigorna terça-feira, com sua publicação no Diário Oficial da UE.

No entanto, o suposto bloqueio de alguns Estados-membros impediu o acordo sobre as sanções, segundo fontes europeias. A Comissão Europeia insistiu hoje que as novas medidas contra a Rússia seriam revogáveis caso seja confirmado um cessar-fogo estávelentre Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia. "O cessar-fogo será um elemento determinante para aplicar ou nãoas sanções", assinalou na entrevista coletiva diária da CE aporta-voz comunitária Pia Ahrenkilde.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse no domingo em entrevista à rede de televisão "VRT" que parece que a Rússia "só dificulta as sérias negociações", e recalcou que as sanções só não serão aplicadas se o cessar-fogo for durável e se iniciarem realmente as negociações de paz entre as partes.

Os líderes dos 28 países encarregaram na cúpula europeia de 30 de agosto a CE para propor novas sanções para a Rússia com vistas aaprová-las no prazo de uma semana em função da evolução da situação na Ucrânia. A Ucrânia e os rebeldes acordaram em 5 de setembro com mediação russa e europeia um cessar-fogo que deveria dar passagem a um processo de paz que cada vez fica mais árduo, já que os insurgentes não renunciam à independência.

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