Por bferreira

Iraque - Considerada hoje a maior ameaça terrorista ao mundo ocidental, a organização extremista Estado Islâmico (EI) tem planos para lançar ataques contra redes de metrô na França e nos Estados Unidos, possivelmente nas cidades de Paris e Nova York. A informação foi divulgada pelos serviços de inteligência do Iraque. Outro relato que assombrou o mundo, ontem, foi o de que o EI instalou, num parque da cidade iraquiana de Mossul, que é dominada pelo grupo, um ‘cinema’ em que moradores são obrigados a ver cenas de decapitações e execuções a tiros de reféns dos radicais.

O Iraque vem sendo apoiado pelos governos americano e francês, além de países árabes, com bombardeios aéreos a redutos do EI em seu território. Os terroristas já tomaram o controle do norte iraquiano e do leste da Síria, região que também é alvo de ataques por aviões dos Estados Unidos.

As informações sobre as ações terroristas nos metrôs são “confiáveis”, segundo o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi. “Nós não confirmamos tal conspiração, e teríamos que revisar qualquer informação de nossos parceiros iraquianos”, afirmou por sua vez Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano. “O primeiro-ministro disse que a informação veio de militantes capturados no Iraque”, acrescentou.

Também ontem, a França informou que vai aumentar a segurança no transporte e em locais públicos, depois que um cidadão do país foi decapitado na Argélia por militantes de grupo ligado ao EI. Hervé Gourdel, montanhista de 55 anos, fora sequestrado domingo no país africano, onde estava como turista. Ele foi o quarto refém ocidental executado pelo EI. Os outros três — dois jornalistas americanos e um agente humanitário britânico — foram decapitados na Síria. Militantes filmaram e publicaram na internet vídeos com as mortes. Ontem, moradores da cidade de Saint-Martin-Vesubie, nos Alpes Franceses, prestaram homenagens a Gourdel, com flores e cartazes.

No Reino Unido, a polícia deteve 9 homens em ação contra grupo islâmico, entre eles o clérigo muçulmano radical Anjem Choudary. E o premiê David Cameron tenta aprovar no Parlamento a participação britânica nos ataques ao EI.

Cenas de horror em praça pública

O Estado Islâmico abriu ‘cinema’ de horror ao ar livre, numa técnica para aterrorizar moradores de Mossul, no Iraque, cidade sob controle do grupo desde junho. Na semana passada, telão foi instalado sem aviso prévio num parque frequentado por famílias. As imagens exibidas foram de execuções, incluindo decapitações de reféns. A ‘sessão’ também teve hinos religiosos incentivando participação na ‘guerra santa’.

Foram inaugurados também pelo EI ‘centros de informação’ na região, em que são distribuídos panfletos e exibidas fotos de combates. O objetivo é atrair jovens para suas fileiras.

Numa outra praça pública de Mossul, o EI executou na segunda-feira a ativista dos Direitos Humanos iraquiana Samira Saleh al-Nuaimi, depois que ela criticou os radicais em redes sociais. As informações foram dadas por moradores e organizações de Direitos Humanos.

A reclamação da ativista em redes sociais foi sobre a destruição, promovida pelo EI, de vários templos muçulmanos. Os radicais defendem um retorno às origens do Islã e condenam a veneração a locais de sepultamento.

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