Por felipe.martins

Rio - Em Niterói, perto de Camboinhas, a Praia do Sossego (foto) é uma das últimas praias selvagens da Região Metropolitana. Às margens da Laguna de Piratininga, há ninhais e concentração de aves aquáticas. Na encosta sob o Museu de Arte Contemporânea, em Boa Viagem, existem cavernas litorâneas — formações únicas na orla da Baía de Guanabara. Estes são alguns dos tesouros naturais a serem protegidos pelo programa Niterói Mais Verde, criado por decreto municipal, semana passada.

O território sob proteção chega a 22,5 milhões m² — o que equivale a 94 estádios como o Maracanã. A área se divide em dois mosaicos. O maior (Parque Municipal de Niterói - Unidade de Proteção Integral) é formado por pontos importantes da zona Sul, da Região Oceânica e da Baía de Guanabara.

No segundo (Sistema Municipal de Áreas de Proteção Ambiental - Unidades de Conservação de Uso Sustentável) estão zonas de recuperação ambiental e de restrição à ocupação urbana. Um exemplo é o Morro do Castro, expressivo fragmento de Mata Atlântica que ultrapassa os limites de Niterói, chegando a São Gonçalo.

O território sob proteção chega a 22,5 milhões m²Divulgação

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade de Niterói, Daniel Marques, a partir do decreto não haverá mais construções em áreas verdes. Segundo a prefeitura, guardas ambientais vão atuar com a PM contra as ocupações.

“Serão identificados usos, fauna e flora, e publicado plano de manejo. Podemos ter gestão das áreas verdes com uso sustentável, turismo e esporte ecológico. Não poderá mais se construir até que se desenvolva plano para que possamos não perder o fragmento de Mata Atlântica e sim fortalecê-lo, e atrair a fauna endêmica”, explicou.

Estão previstas ainda obras como a de um Centro de Visitantes no Parque da Cidade e de melhorias da ciclovia da Lagoa de Piratininga, entre outras.

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