Por bferreira

Rio - A contaminação no ambiente de trabalho é mais rápida do que se pensa. De acordo com pesquisa feita pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, em quatro horas um vírus pode atingir 50% dos funcionários e das superfícies de um escritório. Lavar as mãos e manter pessoas doentes em casa são formas de evitar ‘surtos’ nas empresas.

A equipe de pesquisadores colocou um vírus inofensivo chamado bacteriófago MS-2 na maçaneta da porta principal de uma empresa com 80 funcionários. O vírus não infectava humanos mas tinha a mesma forma, tipo e capacidade de sobrevivência do causador de resfriados comuns. O resultado mostrou que, em duas horas, a sala de descanso, a máquina de café, o botão do micro-ondas e o puxador da porta da geladeira foram contaminados. Logo depois, foi a vez dos banheiros e salas individuais e, por último, de telefones, escrivaninhas e computadores.

O chefe de microbiologia e professor da Universidade do Arizona Charles Gerba afirmou: “A mão é mais rápida que um espirro.” Segundo ele, o mais espantoso foi que a maioria dos 40 colaboradores contaminados sequer se conheciam. Os cientistas calcularam ainda que os empregados teriam 30% de chances de infecção.

De acordo com a infectologista Carolina Cipriano, do Hospital Badim, a aglomeração de muitas pessoas que tocam os mesmos objetos propiciam essa rapidez na contaminação. “Móveis lisos, feitos de fórmica ou metal, muito comuns, facilitam a sobrevivência dos micróbios”.

Carolina explica que a resistência dos vírus e bactérias varia bastante e depende da temperatura do ambiente. Os responsáveis pelas doenças respiratórias, por exemplo, costumam sobreviver nas superfícies pelo menos seis horas, podendo alcançar alguns dias em condições amenas .

Como alternativa, a médica aponta as maçanetas feitas de cobre, material que possui uma propriedade antimicrobiana. Além de lavar as mãos com água, limpá-las frequentemente com gel antisséptico também ajuda.

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