Por bferreira
Síria - O grupo radical Estado Islâmico (EI) derrubou ontem avião militar da coalizão antiterrorista na região norte da Síria, e capturou o piloto, que é da Jordânia. Os militantes usaram um míssil guiado por calor, perto da cidade de Raqa, para abater a aeronave. Horas depois, publicaram na internet fotos de seus integrantes com o militar capturado.
Esta foi a primeira vez que a coalizão perdeu uma aeronave desde que começou os bombardeios a alvos do EI, em setembro. A Jordânia é um dos países árabes que participam das ações aéreas lideradas pelos Estados Unidos.
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As fotos mostravam um homem de camisa branca, identificado como o tenente Moaz Youssef al-Kasasbeh, cercado por extremistas armados, que exibiam sua carteira militar. Em outras imagens, ele aparecia sendo retirado de um rio e com a boca sangrando. “Que Alá leve a misericórdia aos seus corações e vocês soltem o meu filho”, disse o pai do tenente em um apelo aos membros do Estado Islâmico.
O grupo já tomou o controle de amplas faixas de território no norte do Iraque e a leste da Síria, e atualmente é considerado a maior ameaça terrorista ao Ocidente. O surgimento da organização, no fim de 2013, e as atrocidades (decapitação, sequestros, entre outros crimes) cometidas provocaram, em 23 de setembro, a intervenção na Síria da coalizão que já lutava contra o terror no Iraque.
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Além dos Estados Unidos e Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein participam dos ataques na Síria. Já Austrália, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Dinamarca, França e Holanda participam nos bombardeios no Iraque, ao lado dos Estados Unidos.