Rio - A busca das mulheres do Estado do Rio de Janeiro pela mamografia está baixa: 14% fizeram o exame que detecta câncer de mama, na rede pública. A taxa é menor do que a média nacional, de 24,8%. A Organização Mundial de Saúde recomenda uma cobertura de 70% das mulheres a partir dos 40 anos.
Os números são do levantamento ‘Contribuição do Sistema Único de Saúde no rastreamento mamográfico do Brasil’, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). A pesquisa, concluída este mês, analisou dados de 2013 — os últimos disponíveis. Ruffo Freitas-Junior, presidente da SMB, explica que, mesmo limitado às mamografias feitas no SUS — sem considerar exames da rede privada — os números estão muito baixos. Segundo ele, cerca de 70% da população depende da rede pública. “Por isso esperávamos um resultado melhor, com pelo menos 60% das mulheres tendo feito a mamografia na rede pública”, disse.
O presidente alerta que há mamógrafos suficientes no país, mas os aparelhos estão concentrados nas capitais. Além disso, faltam profissionais para que os mamógrafos funcionem com a capacidade máxima. Ruffo conta ainda que o estudo analisou apenas mulheres de 50 a 69 anos, faixa para a qual o Ministério da Saúde recomenda o exame. Ele cita que, para a SBM, a mamografia deve começar aos 40 anos e ser feita anualmente. “Do total de mulheres com a doença, 25% terão o mal antes dos 50”.
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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), no Rio Imagem, unidade de diagnóstico no Centro, 26% das mulheres agendadas para realizar mamografia não compareceram ao exame. Para ter acesso ao exame no Rio Imagem, a paciente deve ser encaminhada por médico da rede pública de saúde. A marcação é feita online. Para ampliar a cobertura da mamografia, a SES lançou em janeiro deste ano o Mamógrafo Móvel, que já esteve baseado em 17 municípios polo, atendendo moradores de 86 cidades. Foram feitos 12.382 exames.
