Por bferreira
Rio - As gestantes ganharam mais um auxílio para ter o bebê com menos dores. O Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema, começou a oferecer uma banheira de pré-parto, na qual as grávidas ficam imersas em água morna. A ideia é expandir a técnica de relaxamento às outras oito unidades com maternidade do Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O benefício é oferecido desde o fim de dezembro.
Permanecer dentro da banheira alivia as dores das contrações, diminui a ansiedade e deixa a mãe mais calma para o parto. Coordenador da maternidade do Hospital Estadual dos Lagos, Philippe Godefroy, ressalta que a região mais relaxada pela técnica é a lombar, perto de nervos responsáveis pela sensibilidade da pelve. “A água morna promove uma vasodilatação, que facilita a circulação. Ajuda, portanto, na oxigenação do útero da mãe”, revela.
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A banheira é destinada a mulheres que darão à luz naturalmente. Durante o trabalho de parto, a gestante é monitorada por médicos, inclusive, durante a permanência na banheira. Philippe destaca que elas têm o direito de escolher se querem ter o filho dentro da banheira ou na cama. “Queremos tornar a mãe protagonista desse momento.
Para utilizar a banheira, a grávida não precisa nem sair do quarto onde está internada. A ideia é que ela fique na sala PPP (pré-parto, parto e pós-parto), onde pode ter o filho sem se deslocar para uma sala de cirurgia. “Algumas maternidades ainda precisam ser adequadas fisicamente para todas as técnicas de relaxamento”, ressalta Jorge Calás, coordenador das maternidades do estado.
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Cesariana só com restrição médica
Os hospitais da rede estadual não incentivam cesarianas sem que a gestante tenha alguma restrição para o parto normal — 66% são naturais nas maternidades do estado. Segundo Jorge Calás, o trabalho de parto da paciente é avaliado quando chega ao hospital. Ele ressalta que o parto natural — sem uso de medicamentos que interferem no nascimento — também é feito na rede. “Com o parto natural, a mulher tem o filho no momento dela, sem interferências médicas”, explica.
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