Por paloma.savedra
Indonésia - O outro brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, do Paraná, está com uma doença mental grave. A informação é confirmada por laudos e foi divulgada pela mãe do surfista, Clarisse Gularte. O brasileiro deve ser executado em fevereiro. 
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"Ele está com uma uma doença grave mental e estamos esperando que ele vá a um hospital psiquiátrico", disse a mãe de Rodrigo, em entrevista concedida à Globo News neste sábado. Segundo Clarisse, a Embaixada Brasileira está apoiando a família e faz a intermediação para a comunicação entre eles. 
Rodrigo Gularte foi preso no Aeroporto de Jacarta%2C em 2004%2C com outros dois amigos%3B eles levavam 6 quilos de cocaína em oito pranchasReprodução

Ela disse ainda que a família só tem esperanças coma  mobilização da imprensa: "Não tenho mais condições de uma batalha diferente, só através da imprensa agora". 

O brasileiro foi preso na Indonésia em 2004 com outros dois paranaenses, ao desembarcar no aeroporto de Jacarta, na Indonésia. Eles foram detidos com oito pranchas transportando seis quilos de cocaína, mas Rodrigo assumiu sozinho a responsabilidade pelo crime. Ele foi condenado um ano depois à pena de morte. 

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O surfista morava em Florianópolis há cinco anos na época em que foi preso. Ele tem um filho autista que também mora na capital de Santa Catarina: Jimmy Haniel Pereira Gularte, de 21 anos. O jovem mora com a mãe, Maria do Rocio Pereira, 55. 
Governo indonésio nega clemência a brasileiros e Dilma se diz "indignada"
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O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado às 15h30 deste sábado - 0h30 de domingo na Indonésia - por um pelotão de 12 homens, no complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km de Jacarta, capital do país asiático. A confirmação da morte de Marco, condenado por tráfico de drogas, em 2004, foi dada pelo porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, Tony Spontana. Ele é o primeiro brasileiro executado por cometer um crime no exterior.
Em nota divulgada após a confirmação da execução, a presidenta Dilma Rousseff disse estar "consternada e indignada". Dilma ressaltou que a condenação à morte do brasileiro abala as relações entre os dois países. A presidenta afirmou ainda que convocou o embaixador do país na Indonésia para consultas.
Com pedido de clemência negado, o instrutor de voo livre Marco foi o primeiro brasileiro executado por tráfico internacionalDivulgação

Apesar de inúmeros pedidos e tentativas do governo nacional de interceder no caso - e pedir até mesmo a prorrogação do fuzilamento -, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, não cedeu e manteve a condenação. No país, o tráfico de drogas é punido com pena de morte.

"A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo", dizia trecho da nota, criticando ainda a execução: "O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países".

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Marco era instrutor de voo livre e foi condenado ao fuzilamento por tráfico de drogas, em 2004, depois de ter sido preso, em 2003, ao tentar entrar no território com 13,4 quilos de cocaína escondidos no tubo de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta.
Além dele, as autoridades indonésias executaram na ilha de Nusakambangan mais cinco condenados por tráfico de drogas: Ang Kiem Soe, um holandês; Namaona Denis, um residente do Malawi; Daniel Enemuo, nigeriano, e a indonésia, Rani Andriani. Outra vietnamita, Tran Thi Bich Hanh, foi executada em Boyolali, na Ilha de Java. 
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