Por victor.duarte
França - Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e que era cotado para se tornar presidente da França antes de ser acusado de abuso sexual por uma camareira de hotel de Nova York, foi a julgamento nesta segunda-feira, na cidade de Lille, em um caso separado por agenciar prostitutas.
Strauss-Kahn, de 65 anos, que entrou em acordo com a camareira Nafissatou Diallo no caso civil nos Estados Unidos após as acusações serem retiradas, pode pegar até 10 anos de prisão e receber multa de até 1,5 milhão de euros se condenado no julgamento francês.
Dominique Strauss-Kahn foi acusado de abuso sexual e tentativa de estupro de uma camareira em um hotelEfe

Investigadores que levaram Strauss-Kahn à julgamento junto com mais 13 pessoas dizem que ele sabia que estava lidando com prostitutas quando participava de orgias em Paris, Lille e Washington, entre 2008 e 2011. Ele é acusado de "proxenetismo com agravante em grupo organizado". Proxenetismo é o ato de obter benefícios econômicos da prostituição de outras pessoas. O proxeneta é popularmente conhecido, no Brasil, como cafetão.

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Procuradores dizem que a acusação de agenciamento é aplicável porque, segundo as leis francesas, se estende à qualquer atividade que facilite a prostituição.

No caso de Strauss-Kahn, investigadores judiciais alegam que ele permitiu que seu apartamento alugado fosse usado para orgias que envolviam prostitutas e que ele estava envolvido na organização. O julgamento pode durar até três semanas.

Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do FMI, chega para o julgamento na cidade de Lille, na FrançaEfe