Por tiago.frederico
Rio - Com o país em guerra civil e com regiões dominadas por grupos terroristas, como o Estado Islâmico, o primeiro-ministro da Síria, Wael al-Halqi, disse ontem que quer expulsar todos os insurgentes do seu território em 2015 e que está preparado para apoiar qualquer iniciativa contra o extremismo global. Falando ao parlamento, Wael al-Halqi declarou que o principal objetivo é limpar seu país de todos os terroristas ainda neste ano. No discurso transmitido pela TV estatal, ele afirmou que a Síria não iria permitir que os inimigos “destruíssem uma terra de religiões e berço de civilizações”.
Bombardeio aéreo ontem%2C segundo moradores%2C de forças do governo sírio%2C destruiu casas na Vila de SaidaReuters

O primeiro-ministro tem repetido que deseja trabalhar com outros países para lutar contra os grupos armados na Síria. O governo considera todas as forças adversárias como terroristas, mas países do Ocidente e os aliados árabes diferenciam os jihadistas, como o Estado Islâmico, dos combatentes rebeldes que lutam contra o governo de al-Halqi.

A revolta na Síria começou em 2011 com protestos contra o governo, que viraram uma guerra civil em que diferentes grupos armados lutam contra os militares.

Também ontem, as Forças Armadas dos Estados Unidos informaram que realizaram, junto com seus aliados, 26 ataques aéreos no Iraque e oito na Síria contra alvos do Estado Islâmico desde sábado. Na Síria, a maioria dos ataques aconteceu perto de Kobani, de onde forças curdas expulsaram os militantes do Estado Islâmico, afirmou em comunicado a Força Tarefa Conjunta dos EUA, que lidera as operações. O Estado Islâmico domina território em parte da Síria e do Iraque.