Egito - O pai de Moaz Kasasbeh, o piloto jordaniano assassinado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Safi Kasasbeh, exigiu nesta quarta-feira que o governo de seu país e a coalizão internacional, que realiza ataques sobre posições dos radicais, "esmaguem" a organização terrorista.
"Peço ao Estado (jordaniano) e à coalizão internacional que acabem com este grupo criminoso que não tem nada a ver nem com a humanidade e nem com o islã", disse Kasasbeh em entrevista à emissora catariana "Al Jazeera".
Ele afirmou que recebeu promessas do Estado jordaniano que "o sangue de Muaz não terá sido derramado em vão" e disse que a vingança por seu filho significa uma "vingança para a pátria".
Safi Kasasbeh classificou o piloto assassinado como "mártir" e "filho de todos os jordanianos e as jordanianas".
Ele se mostrou insatisfeito na manhã desta quarta-feira pela execução de dois terroristas iraquianos condenados à morte na Jordânia, Sayida al Rishawi e Ziad al Karbuli, e explicou que o ato de resposta de seu país é "simplório" em comparação com o sangue de seu filho.
O EI publicou ontem um vídeo na internet em que mostrava como supostamente queimava Kasasbeh vivo, mas o Exército jordaniano afirmou que o piloto morreu no dia 3 de janeiro.
O refém jordaniano foi capturado pelo EI na Síria no dia 24 de dezembro, depois que seu avião caiu na província de Al Raqqah, reduto dos radicais, quando participava de uma operação da coalizão internacional contra os jihadistas na zona.
O EI pediu a libertação de Al Rishawy como condição para manter com vida Moaz Kasasbeh e o jornalista japonês Kenji Goto, também assassinado.
Embora a Jordânia tenha se mostrado disposta a libertar a terrorista, as negociações não evoluíram, já que o EI nunca apresentou uma prova de vida do piloto, como pedia o governo de Amã.