Por tiago.frederico

Rio - Um diplomata foi deslocado nesta quinta-feira da embaixada do Brasil, em Jacarta, para a ilha de Gili Trawagan para ajudar na busca pelo brasileiro Fernando Vieira Campello, de 24 anos, desaparecido na Indonésia há uma semana. A procura pelo rapaz ficou suspensa durante boa parte desta quarta-feira pois sua mãe, Luciana Vieira, teve que retornar ao hospital de Lombok para confirmar se o corpo encontrado no mar daquela região era o de Fernando. Na terça-feira, ela e amigos do rapaz foram ao hospital, no entanto, apenas os amigos viram o corpo de fato, segundo informações da embaixada brasileira em Jacarta. O protocolo pede a presença de um familiar.

Brasileiro Fernando Vieira Campello desaparecido na IndonésiaReprodução Facebook

Um exame forense foi solicitado para que seja descartada por completo a possibilidade de ser o corpo de Fernando, mas o resultado deste ainda não foi revelado. Segundo a embaixada do Brasil, o diplomata foi deslocado nesta quarta para dar assistência à mãe e aos amigos do rapaz.

Ele deve acompanhar as buscas e ajudar também com o idioma local. Além da atuação do diplomata brasileiro, também foi solicitada a participação da Polícia Nacional da Indonésia no casom, para que as buscas sejam ampliadas. Outro pedido feito ao cônsul honorário em Jacarta é que ele sensibilize as autoridades locais.

A embaixada informou que os órgãos locais mostram boa vontade em ajudar, contudo, devido à distância da ilha, da ausência de um posto policial no local e do pequeno número de policiais nos arredores, a família acredita que os esforços não estão sendo suficientes.

A namorada de Fernando pede no Facebook ajuda financeira aos amigos para bancar as despesas com as buscas. "As pessoas que estão lá ajudando, além da mãe, são mochileiros. Eles estão ficando sem grana pra nada. Precisam de ajuda!", diz.

Desaparecimento

O jovem desapareceu na Ilha de Gili Trawangan, depois de ir a um bar na última sexta-feira com um grupo de brasileiros que o acompanhava. Ele foi o único que não voltou para o hotel.

Na manhã de sábado, quando os amigos não encontraram Campello em seu quarto, acionaram a família e as autoridades locais. A mãe do rapaz viajou à ilha para procurar o jovem.

O tio de Campello, Rodolfo Tadeu, de 30 anos, que está no Brasil, contou que a família não tem recebido apoio das autoridades locais nem do Itamaraty.

"O local onde o Fernando desapareceu é uma ilha isolada, de difícil acesso, onde não entra carro e só tem matagal. Minha irmã não está encontrando autoridades locais que entrem na mata para procurá-lo", afirmou.

O Itamaraty confirma o desaparecimento do brasileiro no país asiático e afirma que já está dando apoio à família. Campello mora há três anos em Surfers Paradise, na Austrália, com a mãe. Ele estava fazendo uma viagem a alguns países da Ásia desde o começou do ano e a Indonésia era o último destino do roteiro.

O tio do brasileiro explica que a mãe de Campello e os amigos dele têm rodado toda a ilha de bicicleta, com cartazes com a foto do rapaz, para achar alguém que o tenha visto e que possa ajudar.

A família acredita que alguém tenha colocado alguma substância na bebida do rapaz durante a noite no bar, que ele tenha ficado sem consciência e se perdido pela ilha.

"Nós não temos nada concreto, mas há relatos de que viram ele andando sem memória, assustado. Provavelmente podem ter colocado alguma coisa na bebida dele e ele perdeu a memória", diz o tio do rapaz.

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