Por felipe.martins

Santiago - A erupção de um vulcão no sul do Chile pode causar efeitos devastadores às cidades no seu entorno. Em atividade desde a madrugada de terça-feira, o Villarrica, no vilarejo de Pucón, a 800 km da capital do país, Santiago, obrigou as autoridades à instalação de abrigos e remoção de cerca de 3,5 mil habitantes da região. Porém, o grande perigo do vulcão, situado em área de montanhas geladas da Cordilheira dos Andes, é que provoque graves inundações com o derretimento da camada de gelo.

Cerca de 4 mil pessoas deixaram suas casas após o vulcão Vilarrica%2C no Chile%2C entrar em erupçãoFoto%3A Reuters

Até terça-feira à noite, o nível do Rio Turbio, um dos principais da área, já subira cinco metros em 24 horas. Duas pontes em rios próximos também foram destruídas pelas águas, deixando cerca de 200 pessoas isoladas. O Villarrica está numa área estimada de 40 quilômetros quadrados de gelo.

Devido à erupção, que provocou 3 km de lava e fumaças de até 3 km de altura, o governo do Chile mantém alerta vermelho na região. De acordo com o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, as 3,5 mil pessoas foram retiradas dos municípios de Villarrica, Pucón, Curarrehue e Panguipulli. Porém, a diminuição da intensidade da erupção no decorrer do dia fez com que muitos moradores retornassem para casa. As aulas foram suspensas e escolas são usadas como abrigo.

Com 2.800 m, o Villarrica é o quarto mais ativo da América do Sul. As últimas erupções do vulcão foram registradas em 1984 e 2000. Nas últimas semanas, a área, com alta intensidade vulcânica, registrou diversos pequenos terremotos que alertaram as autoridades para a iminência de uma nova erupção.
Santiago.

Turistas não acreditaram no alerta

Afetada pela erupção do Villarrica, a região de La Araucanía também é conhecida por suas atrações turísticas. Além de caminhadas ao redor e até os vulcões, viajantes visitam a área para praticar esportes aquáticos, como caiaque, e apreciar as quedas d’água rios. Segundo agências de notícias, turistas de Brasil, Austrália, França e Canadá estavam na cidade de Pucón quando a erupção teve início. As autoridades tiveram problemas para evacuar os turistas. “Isso não são fogos de artifício”, advertia um diretor do Serviço Nacional de Geologia.


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