Por felipe.martins

Bagdá - O sítio arqueológico milenar Dur Sharrukin, antiga capital da Assíria que fica na cidade de Khorsabad, no norte do Iraque, está sendo destruído por extremistas do Estado Islâmico (EI) desde ontem. Segundo o ministro de Turismo e Antiguidades, Adel Shirshab, apenas a coalizão liderada pelos Estados Unidos pode parar o ataque.

“Estou pedindo à comunidade internacional e à coalizão para ativar seus ataques aéreos e mirar o terrorismo onde quer que exista”, disse ele.

O sítio arqueológico de Hatra%2C fundada há dois mil anos e patrimônio da humanidade%2C foi destruído sábadoReprodução

A nova depredação vem de uma sequência de atos de vandalismo contra patrimônios históricos milenares. Na última sexta-feira (dia 6), a facção destruiu Nimrud, de três mil anos, e no sábado (7), a antiga cidade de Hatra, fundada há dois mil anos. Ambos os sítios são considerados pela Unesco um patrimônio histórico da humanidade. Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, trata-se de um crime de guerra.

Uma das razões dos ataques é que, para os integrantes do EI, as estátuas são usadas para idolatrar falsos deuses. As peças saqueadas também representam uma fonte de renda para os militantes, que vendem o que pilharam no mercado negro.

GOVERNO BRITÂNICO EM AÇÃO

De acordo com o Sunday Times, o governo britânico pretende introduzir, a partir da próxima semana, um pacote de leis para dificultar que as companhias aéreas transportem passageiros suspeitos de viajar para ingressar no Estado Islâmico.

Atualmente, um dos integrantes mais conhecidos do EI é um britânico, Jihadi John, que ganhou fama pelos vídeos de execução de reféns. Tendo como base as listas de passageiros, o governo britânico emitiria automaticamente um alerta para nomes de alto risco, barrando seu embarque. Os parâmetros usados para fazer esses alertas, no entanto, ainda não foram divulgados.

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