Por bferreira

Honduras - A polícia de Honduras está fazendo uma caçada aos assassinos de três modelos, num crime que chocou o país. As jovens foram retiradas de dentro de uma van ocupada por onze pessoas, numa estrada de Tegucigalpa, e fuziladas no asfalto, em plena luz do dia. O crime estaria ligado a outros dois homicídios, dias antes, de um empresário colombiano e sua esposa hondurenha. O pano de fundo da violência é o desvio de milhares de dólares de cartel de traficantes.

Mariela Ordóñez, 27 anos, Madeline Ramírez, 21, e Blanca Velásquez, 20, teriam sido vítimas de ‘queima de arquivo’. Os quatro pistoleiros abordaram a van, perguntando quem era Mariela e que passageiros eram ligados a ela. A moça se identificou e foi morta com as colegas. O crime ocorreu domingo.

Mariela era amiga de Doris Barahona, 25, esposa do empresário Álvaro Solarte, 32, apontado pela polícia como responsável pelo sumiço do dinheiro. “Mariela era amiga íntima de Doris e supomos que dispunha de dados sobre o paradeiro dos dólares: por isso morreu”, disse o subcomissário de polícia Leonel Sauceda. A van seguia para evento em que as moças trabalhariam como modelos.

O colombiano fora encontrado estrangulado dia 3 deste mês numa rua de San Pedro Sula, após ter sido levado à força de casa por quatro homens, que telefonaram para sua mulher para indicar o lugar onde haviam jogado o cadáver. Doris foi baleada sexta-feira, por quatro desconhecidos, quando ia retirar o corpo de uma funerária. “Os assassinos pretendiam levá-la para extrair informações sobre o dinheiro, mas ela resistiu e a mataram”, afirmou Sauceda.

O policial informou ainda que Solarte já teve negócios com David Ruiz, irmão de Plutarco Ruiz, que está preso pelo assassinato da Miss Honduras María José Alvarado e sua irmã, Sofía, num crime passional ocorrido em novembro. Já David foi assassinado em 2013 e sua mulher, Josselyn, em 2014. Nos últimos dois anos, Honduras teve 80 massacres, com 467 vítimas.

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