Por paloma.savedra

Abuja - Homens armados mataram ao menos 15 pessoas, incluindo um político da oposição, perto de estações eleitorais no nordeste da Nigéria neste sábado, lançando uma sombra sobre a primeira disputa eleitoral genuína desde o fim do regime militar em 1999.

Nigerianos vão às urnas em meio a ataques do Boko Haram

O pleito é visto como a primeira eleição em que um candidato da oposição tem uma séria chance de desbancar o incumbente, presidente Goodluck Jonathan, mas amplos temores de que ela possa motivar violência já estão se tornando realidade.

Nigerianos participaram da primeira votação genuína desde o final do regime militar em 1999%3B pleito foi sob tensão por conta dos ataques do grupo terrorista Boko Haram no nordeste do paísEfe

Insurgentes islamitas do Boko Haram lançaram diversos ataques contra eleitores no nordeste, matando três no estado de Yobe e mais três em Gombe, disse a polícia.

Pelo menos oito pessoas, incluindo o candidato de oposição da Assembleia para Dukku em Gombe, também foram mortas por um atirador não identificado, disse um porta-voz para o Congresso de Todos Progressistas (APC, na sigla em inglês).

Militantes do Boko Haram, que estão tentando reviver um califado islâmico na Nigéria, rejeitam a democracia. O líder Abubakar Shekau ameaçou matar nigerianos que saiam para votar.

Separadamente, atiradores mataram um soldado nigeriano em uma emboscada na cidade petroleira de Port Harcourt, no sul, neste sábado, afirmaram militares. A cidade é um reduto de apoio a Jonathan, mas tem uma longa história de violência política.

Nigerianos votam em primeira eleição genuína desde fim da Ditadura 

Nigerianos foram às urnas neste sábado para a primeira votação eleitoral genuína desde o final do regime militar em 1999, na qual um candidato da oposição tem chances de retirar do poder o incumbente presidente Goodluck Jonathan.

O atual presidente%2C Goodluck Jonathan%2C votou no estado de Bayelsa%2C no sul da Nigéria%2C ele está em empate técnico com seu adversário Muhammadu BuhariReuters

A tensa disputa coloca Jonathan contra o ex-governante militar Muhammadu Buhari, com um eleitorado dividido ao longo de uma mistura complexa de linhas étnicas, regionais e, em alguns casos, religiosas. Doze outros candidatos minoritários também estão concorrendo.

As urnas estavam marcadas para abrir para o credenciamento em 120 mil estações de voto às 8 horas da manhã no horário local, com a votação começando a partir das 13h30 e continuando até a última pessoa ter votado. Com 56,7 milhões de eleitores, a votação pode terminar no domingo.

Problemas emergiram com a falha de scanners no reconhecimento de alguns cartões e digitais em todo o país, incluindo as de Jonathan, que esperou mais de 40 minutos enquanto as autoridades tentavam, sem sucesso, fazer quatro máquinas funcionarem.

"Meu próprio (cartão) e o da minha esposa, tivemos alguns problemas mas eles estão resolvendo", disse ele a jornalistas.

Cartões de leitura biométricos foram introduzidos para prevenir o enchimento de urnas e a votação múltipla de eleições passadas.

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