Por felipe.martins

Genebra - Cerca de 500 pessoas estavam à deriva, até segunda-feira à noite, nos destroços de três embarcações que afundaram no Mar Mediterrêneo. Com isso, toma proporções ainda mais gigantescas o drama de imigrantes africanos que se aventuram a navegar em barcos frágeis e superlotados até a costa da Itália, para tentar entrar na Europa. No domingo, entre 700 e 950 podem ter morrido num outro naufrágio perto da costa da Líbia.

Barco afundou na costa da Grécia e três pessoas morreramReuters

O desastre do fim de semana pode ter sido o pior no Mediterrâneo no pós-guerra — o naufrágio na Ilha de Lampedusa, Itália, em 2013, deixou 366 mortos e 20 desaparecidos. Inicialmente, falava-se de até 700 pessoas a bordo, mas um sobrevivente elevou o número a 950, incluindo 50 crianças e 200 mulheres. Só 28 pessoas haviam sido resgatadas até segunda-feira, além de 24 corpos. Os passageiros vinham de países como Argélia, Egito, Somália, Nigéria, Senegal, Gana e Bangladesh.

As marinhas de Itália, Malta e Grécia participavam das ações de socorro aos três barcos, enquanto países da União Europeia se reuniam em busca de solução para a crise. “A Europa está virando as costas a imigrantes e corre o risco de converter o Mediterrâneo num grande cemitério”, afirmou chefe da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein.

Em outro acidente nesta segunda, barco de madeira com dezenas de pessoas se chocou contra os rochedos perto da ilha de Rhodes, na Grécia. Pelo menos três pessoas morreram afogadas. Mais de 90 foram resgatadas e 30 foram levadas ao hospital.
Genebra

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