Por felipe.martins

Rio - A Guarda Costeira da Itália informou nesta terça-feira que resgatou mais 638 imigrantes em alto-mar na segunda-feira. O grupo viajava a bordo de seis barcos na costa da Líbia. Até a tarde desta terça, o esforço era com um outro pesqueiro, que estava lotado a 80 milhas ao sul da Calábria. O grande fluxo de pessoas que saem do litoral norte-africano em direção à Itália aumentou devido às boas condições do mar.

No último domingo (19), um barco clandestino naufragou na costa da Líbia. De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), cerca de 800 pessoas morreram.

Sobreviventes do acidente de domingo e refugiados resgatados na segunda disseram que pessoas viajam até nos porões dos pesqueiros Efe

De acordo com as declarações iniciais de alguns dos 28 sobreviventes, o número de óbitos pode ser maior, uma vez que seriam transportados mais de 850 imigrantes. Cerca de 50 eram crianças e havia também 200 mulheres a bordo. O baixo número de pessoas que se salvaram pode se dar por conta de que muitos passageiros estavam presos nos porões do barco.

Os primeiro depoimentos dão conta que a causa da tragédia foi a colisão do navio pesqueiro com com uma embarcação mercante portuguesa, que foi abordar o grupo em alto-mar. Autoridades italianas confirmaram que o capitão provocou a tragédia por causa de erros de manobras e o excesso de peso da embarcação ilegal.

Segundo a primeira reconstrução dos fatos, os imigrantes, ao verem a chegada de ajuda, foram todos para o mesmo lado da barcaça, o que provocou o naufrágio.

O capitão do navio acidentado é tunisiano e seu ajudante da Síria. Ambos foram presos e acusados de homicídio múltiplo, naufrágio e de apoio à imigração ilegal. O promotor de Catânia, Giovanni Salvi, informou que a dupla foi reconhecida pelos sobreviventes por meio de fotografias.

O presidente do Conselho Europeu convocou reunião com chefes de governo para abordar a situação.

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