Por bferreira

Rio - A doação de medula óssea, que ajuda na recuperação de problemas de saúde como a leucemia, ainda provoca dúvidas em muitas pessoas. O que é? O que fazer para ser um doador? Como funciona a coleta? Pensando nisso, dois amigos que enfrentam o câncer no sangue resolveram reunir uma galera, fazer um vídeo esclarecedor e, aproveitando a oportunidade, convidar todo mundo a se candidatar.

O primeiro a ter leucemia foi o assessor de marketing Renato Palmas, de 34 anos. Ele descobriu a doença em dezembro de 2012.

“Passei mal, e achavam que era dengue. Demorou seis meses para descobrir, mas não precisei de transplante de medula. Após cinco sessões de quimioterapia, entrei em remissão (período de cinco anos a partir da data em que a doença some). Depois desse prazo, estarei curado”, explica Renato, que resolveu fazer um vídeo ao descobrir seu problema.

Quando soube que tinha leucemia, Renato precisou sair das aulas de dança que fazia numa academia onde Vitor Saru, de 26, dava aulas. Em novembro do ano passado, ao descobrir que tinha o mesmo problema, Vitor procurou Renato e pediu orientação. Hoje, ele precisa de doação de medula para sobreviver.

“O que dá medo é ver pessoas morrerem da mesma causa. Mas vivo o hoje e torço pelo amanhã”, diz Vitor, que no vídeo raspa a cabeça de Renato. Os dois explicam que, se não conseguir um doador, Vitor pode não ver o cabelo crescer. Ele tem um canal no YouTube onde o vídeo pode ser visto.

Como se cadastrar para doar

Todos os hemocentros do Estado do Rio fazem a coleta de sangue (5 a 10 ml) para cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para ser doador, basta ter entre 18 e 55 anos e estar em perfeita condição de saúde. No Rio, além do Hemorio, a recepção de futuros doares é feita no Inca, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Não é preciso agendar. No site do instituto (www.inca.gov.br), em ‘perguntas frequentes’, é possível tirar todas as dúvidas sobre a doação de medula. Informações: 3207-1580.

‘Superei tudo para ajudar’

Muitos amigos de Vitor e Renato se reuniram para se cadastrar no Redome e tentar ajudar. Este foi o caso da advogada Karine Sciammarella, de 26 anos, e sua irmã, de 24. “Depois de saber da causa do Vitor, através do Renato, fomos nos cadastrar no Redome. Sempre tive medo de doar sangue e de agulha, mas superei tudo para tentar ajudar. Depois que me cadastrei, explico aos meus amigos que ainda têm dúvidas. Agora estou na expectativa de ser chamada para doar, seja para o Vitor ou outra pessoa”, afirma Karine.

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