Everest - Será liberada na próxima semana a escalada do Monte Everest, vários dias após danos causados por avalanches desencadeadas por um enorme terremoto, incluindo uma que matou 18 alpinistas no acampamento base, disseram altos funcionários nepaleses nesta quinta-feira.
"Na próxima semana, as expedições irão continuar", disse Prasad Gautam Tulsi, chefe do departamento de montanhismo no Ministério do Turismo do Nepal.
Numa reunião informal de autoridades e grupos de escalada foi decidido que "não havia risco adicional" para os alpinistas, como resultado do terremoto que matou milhares de pessoas no Nepal.
Uma equipe especializada vai corrigir dentro de alguns dias a rota através das cascatas de gelo de Khumbu, percorrida pelos alpinistas que escalam o lado sul do Everest, em território nepalês, disse Gautam à Agência Reuters.
A enorme avalanche foi provocada pelo terremoto de 7,8 graus, no último sábado, que destruiu uma parte do acampamento base do Everest, matando 18 alpinistas e os guias de montanha conhecidos como sherpa, além de ferir outras 60 pessoas.
Muitos alpinistas desistiram da escalada do Everest, o pico mais alto do mundo, com 8.850 metros. Outros, no entanto, se mantêm firmes e continuam com a meta de subir a montanha, apesar da tragédia humanitária em curso no Nepal, onde mais de 5.000 pessoas morreram em consequência do terremoto.
De acordo com Gautam, de 60 a 70 alpinistas estrangeiros permanecem no acampamento base, mas ele prevê que outros alpinistas vão se concentrar no local e mais de 350 tentem chegar ao cume. Com seus guias sherpa, cerca de 700 pessoas iriam escalar o Everest, afirmou, um número normal na temporada de primavera na região.
O departamento de montanhismo está estudando estender a temporada até o início de junho para aqueles que possuem uma autorização de 90 dias para escalar o Evereste. Normalmente o período das monções nessa época do ano, com cobertura de nuvens pesadas, torna a escalada impossível.