Por bferreira

Rio - A confirmação do primeiro diagnóstico de febre zika e da circulação do vírus na cidade do Rio, na segunda-feira, deixou os cariocas preocupados com uma baixa contabilidade dos casos. Pacientes que se disseram vítimas da nova doença reclamaram por não terem sido submetidos à análise laboratorial para confirmar a enfermidade, e por não terem entrado nas estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Conforme O DIA noticiou ontem, o primeiro infectado identificado é um homem de 38 anos, morador da Penha. Como o novo vírus causa sintomas semelhantes aos da dengue, a recomendação da SES é, em princípio, enquadrar o paciente como sendo um caso desta doença, se houver dúvida. Isso porque a dengue pode evoluir para formas graves, ao contrário da zika.

Justamente por ser mais branda, a doença não exige o mesmo tratamento ‘intensivo’ da dengue. O cuidado é voltado para a melhora do mal-estar causado pelos sintomas.

Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, Alexandre Chieppe esclarece que o diagnóstico da zika é clínico, ou seja, feito pelo médico na hora da consulta. Se forem necessários, exames como hemograma podem ser realizados, mas não é necessário que toda a população se submeta à análise nos laboratórios de referência para confirmar a doença.

Chieppe lembra ainda que, como esta febre é recente, o diagnóstico laboratorial é caro, complexo e, por enquanto, realizado em poucos locais. Ele afirma que não há intenção em esconder os casos. “Queremos identificar o maior número de pacientes no maior número de locais possível para podermos orientar os municípios. Não adianta gastar todo material de diagnóstico em um bairro”.

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