Por bferreira

Índia - Um dos homens mais ricos da Índia renunciou à sua fortuna para seguir vida espiritual, de total austeridade. Bhanwarlal Doshi, que criou o ‘império do plástico’ avaliado em US$ 600 milhões (R$ 1,8 bilhão) pela revista ‘Forbes’, tornou-se monge do jainismo, uma das religiões mais rigorosas e tradicionais da Ásia.

Doshi abandonou roupas%2C família e festas ao se tornar monge (D)Reprodução

O jainismo exige a renúncia a bens materiais e profundo respeito à vida: evita-se até matar insetos ou micróbios. O ex-dono da DR International, uma das maiores produtoras de plástico da Índia, que era casado e só vestia roupas caras, agora será celibatário, usará somente uma túnica e andará descalço. Objetos como celulares e relógios, nem pensar. As festas darão lugar à meditação e quase toda a sua fortuna será doada para obras da religião.

Segundo a rede BBC, ele foi iniciado como monge numa cerimônia na cidade de Ahmedabad, oeste da Índia, após conseguir convencer a família, o que durou anos.

Doshi terá de se levantar sempre às 4h, para o ritual da ‘alochana’, a autocrítica, que consiste em refletir sobre as atividades do dia anterior e os momentos em que pode ter ferido algum animal. Os seguidores do jainismo não usam sapatos, para não pisar por engano em algum pequeno invertebrado. Alguns adeptos também cobrem a boca para evitar que insetos entrem e até para não inalar micróbios. Eles são vegetarianos, mas não podem dedicar-se à agricultura, por receio de matar os animais que vivem na terra.

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