Por bferreira

Rio - Pacientes com hepatite C terão acesso ainda este ano a três novos medicamentos, mais eficientes. Os produtos, tomados por via oral, provocam menos efeitos colaterais que os atualmente utilizados. Além disso, a taxa de cura é de 90%, superior às dos métodos tradicionais, que são de 50% a 70%. Outra vantagem é a duração da terapia: se hoje leva 48 semanas, com os futuros remédios será de 12. Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é de que eles sejam incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS) e distribuídos aos estados até o fim do ano.

A adoção desse tratamento, que inclui os fármacos daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir, foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Jarbas Barbosa, acredita que a terapia reduzirá o número de casos de hepatite C nas próximas gerações.“Somos um dos primeiros países em desenvolvimento a incorporar esse novo tratamento. Ele poderá ser usado em pacientes que não obtiverem sucesso com nenhuma das outras terapias ofertadas”, explica.

A doença é causada pelo vírus C, que atinge a circulação sanguínea. Não há vacina contra ela. Entre os meios de transmissão, estão transfusões de sangue e uso de objetos cortantes infectados, como alicates de unha, aparelhos de barbear ou agulhas. É assintomática no início. Em fase avançada, causa cansaço, febre e aspecto amarelo nos olhos. Ao contrário das outras, não é curada com repouso. Pode se agravar, atingindo o fígado e causando cirrose.

OS OUTROS TIPOS DA DOENÇA

HEPATITE A
A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados. Os sintomas são olhos e pele amarelados, febre, diarreia, vômito, cansaço e dor abdominal. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue. O paciente com a doença precisa ficar de repouso. No SUS, a vacina é dada em duas doses com intervalo de seis meses, de preferência em bebês de 12 a 18 meses. Lavar bem as mãos e os alimentos previnem a patologia.

HEPATITE B
O vírus pode estar presente no esperma e sangue. A transmissão ocorre por meio de relações sexuais sem camisinha, transfusão sanguínea e agulhas contaminadas. Os sintomas costumam ser olhos amarelados, cansaço e febre, e a doença é diagnosticada com um exame de sangue. O esquema de vacinação do Ministério da Saúde é feito em quatro doses: uma ao nascer e as outras aos dois, quatro e seis meses, com a vacina pentavalente.

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