Por bferreira

Tunísia - Uma idosa com cidadanias brasileira e portuguesa estava entre as 39 vítimas fatais do atentado terrorista na praia de Sousse, Tunísia, na sexta-feira. Maria da Glória Moreira, 76 anos, que morava no Porto, em Portugal, costumava ir sempre para o balneário tunisiano com o marido. Viúva há três anos, esta tinha sido sua primeira viagem sozinha.

O ataque ocorreu durante a oração do meio-dia na mesquita Al Imam Al SadeqReuters

Maria da Glória estava em seu quinto dia na praia quando Seifeddine Rezgui, integrante do grupo terrorista Estado Islâmicos (EI), abriu fogo em plena areia. Um filha dela e o marido vivem em Florianópolis, mas estavam em Portugal. O casal chegou segunda-feira à Tunísia para tratar do traslado do corpo.

Segundo jornais portugueses, parentes de Maria da Glória pediram que ela não viajasse, mas a idosa disse que se sentia bem na Tunísia e que não acreditava que haveria novo atentado após o de março, quando 22 pessoas foram mortas num museu na capital, Túnis.

Na mesma sexta-feira, o EI atacou uma mesquita no Kuwait, matando 25 pessoas, e um homem foi decapitado numa fábrica de gás em Lyon, na França. O ataque no país europeu não foi reivindicado pelo EI, mas o responsável pelo crime, Yassin Salhi, tinha ligação com o grupo terrorista, segundo afirmou ontem a promotoria de Paris. Salhi, detido logo após o ataque, enviou fotos da decapitação a um francês que está na Síria, com um pedido para que o Estado Islâmico divulgasse as imagens na internet.

MAIS ATROCIDADES

Ontem, a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos denunciou que o EI crucificou vivos cinco homens na cidade síria de al-Mayadeen por terem desrespeitado o jejum durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. Os terroristas penduraram nos pescoços dos cinco placas com a inscrição: “para serem crucificados o dia todo e receberem 70 chibatadas por terem comido no Ramadã”. Além disso, numa outra localidade do país, uma mulher e quatro homens foram decapitados. Ela e um dos homens, seu marido, foram acusados de ‘bruxaria’. Segundo a ONG, foi a primeira vez que uma mulher teria sido decapitada pelo grupo. Militantes do EI usaram uma espada para fazer as execuções. Em seguida, crucificaram os corpos dos homens. Não há informações sobre o corpo da mulher.

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