Turquia - Pelo menos 27 pessoas morreram nesta segunda-feira e cerca de 100 ficaram feridas em um atentado terrorista na cidade de Suruç, no sudeste da Turquia e próxima à fronteira síria, informou o Ministério do Interior turco.
"O município de Suruç, na província de Sanliurfa, sofreu um atentado terrorista. Segundo as primeiras notícias, 27 cidadãos perderam a vida e tememos que este número aumente. Nos hospitais da zona há cerca de 100 feridos sob tratamento", apontou o Ministério em comunicado.
Segundo o jornal "Hürriyet", o ataque foi um atentado suicida de uma menina de 18 anos, provavelmente vinculada ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI). A cidade de Suruç é o principal ponto de comunicação entre Turquia e a cidade sírio-curda de Kobani, cerca de 10 quilômetros de distância.
O ataque era dirigido contra um grupo de cidadãos turcos que se preparavam para atravessar a fronteira a fim de prestar socorro à população dessa cidade, muito castigada pela guerra na Síria. "Nesta manhã vieram cerca de 400 pessoas para atravessar Kobani", explicou o vice-prefeito de Suruç, Ismail Kaplan.
Muitos destes ativistas, que tinham chegado de vários pontos do país, levavam brinquedos e produtos de primeira necessidade para os habitantes de Kobani. A bomba explodiu durante a manhã no jardim do Centro cultural Amara, sede da Federação de Associações de Juventudes Socialistas, que coordenava a viagem dos ativistas e realizava uma campanha para ajudar a reconstrução da cidade, gravemente danificada após o assédio do EI do inverno passado.
"Acredito que (o atentado) seja obra do Estado Islâmico", disse Kaplan, que relacionou o ataque com um atentado suicida que aconteceu ao mesmo tempo no centro de Kobani, segundo confirmou por Hürriyet com fontes locais.
Testemunhas do atentado já tinham expressado à imprensa local suspeita de que se tratava de um atentado suicida. A força da explosão afetou os vidros dos edifícios próximos. Em nota, o Ministério do Interior condenou o ataque e prometeu deter o mais rápido possível os responsáveis para levá-los perante a justiça, mas não atribuiu a responsabilidade a nenhum grupo.