Libéria - Uma instituição de proteção aos animais está fazendo um apelo desesperado na Internet para salvar 66 chimpanzés que foram capturados para testes médicos e depois de 40 anos como cobaias, agora estão abandonados na Libéria, na África. Segundo o Daily Mail, os animais foram pegos em 1974 para fazerem parte de testes clínicos com um tipo de vírus realizados pelo Banco de Sangue de Nova York (New York Blood Center - NYBC).
Em 2005, a pesquisa foi interrompida e os chimpanzés abandonados em ilhas da região. Na época, o diretor do projeto, Alfred Prince, declarou que daria toda assistência aos animais, o que não aconteceu.
Após anos, os animais ficaram dependentes de humanos para comida e abrigo e contam hoje com a ajuda de voluntários. Carinhosos, os chimpanzés foram flagrados abraçando os voluntários que chegam para alimentá-los.
O NYBC é responsável por abastecer bancos de sangue de cerca de 200 hospitais nos Estados Unidos. Eles infectaram os chimpanzés com hepatite e outros para desenvolverem vacinas. Segundo a publicação, a época coincidiu com a proibição da entrada de chimpanzés nos EUA.
"Os chimpanzés precisam de nós. Eles precisam de atenção. Não podemos perder esses animais para as doenças", declarou um dos voluntários, John Abayomi Zeonyuway.
A Humane Society of the United States (HSUS), que lutou pelos animais após o abandono, tenta arrecadar 20 mil euros para conseguir ajudá-los. Há décadas, o instituto de pesquisa responsável pelos animais entrou em acordo com o governo local para colocar os chimpanzés em ilhas, que acabaram ficando conhecidas como "Ilhas dos Macacos". Eles eram mantidos em jaulas.
O encarregado dos testes na época alegou que os chimpanzés, incluindo um bebê que nasceu há pouco, vivem em grupos sociais em espaço suficiente para eles. Em entrevista ao "NY Times", a instituição declarou que não tinha nenhum tipo de responsabilidade sobre os chimpanzés, que na época foram vendidos para eles, eque gastou milhões de dólares em arbitrariedades do governo liberiano.