Por bferreira

Rio - Quem sente muito ciúme do parceiro tende a ter mais problemas de alcoolismo. Foi o que revelou uma pesquisa feita pela Universidade de Houston, nos Estados Unidos. Segundo os cientistas, a questão está relacionado à baixa autoestima, principalmente nas mulheres.

Publicado no jornal britânico Daily Mail, o levantamento analisou 277 estudantes universitários, sendo que, destes, 87% eram meninas. No estudo, os pesquisadores fizeram perguntas sobre os relacionamentos dos participantes, como intimidade, satisfação e compromisso. Em paralelo, eles ainda mediram o consumo de álcool dos voluntários. O resultado da pesquisa mostrou que quem é mais dependente do parceiro tem mais propensão a ser alcoólatra.

A psiquiatra Fátima Vasconcellos explica que o ciúme atinge mais as pessoas sem autoconfiança e aquelas que têm medo de perder o outro. Segundo a especialista, elas são mais propensas a serem mais tristes e, com isso, tendem a ‘afogar as mágoas’ na bebida.

“Elas sempre acham que o parceiro não gosta delas de um modo ideal. Normalmente, elas não enxergam que são pessoas bondosas, generosas. E ao exagerar no álcool, de fato, só aparecem os lados ruins delas. A bebida tende a aumentar a baixa autoestima”, ressalta uma das integrantes da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Caso não consiga controlar o ciúme, o ideal é que procure uma terapia. Desta forma, os pacientes podem lidar melhor com os sentimentos e aumentar a confiança e o amor próprio, diz Fátima.

“As pessoas precisam enxergar as suas próprias qualidades e encontrar uma pessoa que também as valorize. O ideal é também sempre ter ao seu lado alguém que não te menospreze ou te frustre”, sugere a psiquiatra.

Cuidado para não adoecer

Em entrevista ao jornal Daily Mail, o pesquisador Angelo DiBello afirmou ainda que o estudo pretende ajudar as pessoas que têm problemas de relacionamento com o seu parceiro. Mas, segundo o cientista, o principal objetivo é alertar as pessoas sobre os problemas do alcoolismo. Para ele, é preciso previr este mal, que pode provocar o aparecimento de doenças no organismo, como cirrose e câncer de fígado, além de dependência química.

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