Por bferreira

EUA - Em mais um histórico gesto de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, o presidente da Ilha, Raúl Castro, foi recebido ontem pelo colega norte-americano, Barack Obama, na rebarba da Assembleia-Geral da ONU, aberta na segunda-feira. Ao fim do encontro, os chefes de Estado trocaram um aperto de mão e posaram sorridentes para fotos.

Foi o segundo ‘cara a cara’ de Obama e Raúl desde dezembro do ano passado, quando os dois países anunciaram o início das conversas para reatar as relações.

No encontro, segundo a Casa Branca, Obama saudou o progresso feito no estabelecimento de relações diplomáticas e ressaltou que as reformas em Cuba podem aumentar o impacto de mudanças regulatórias nos EUA. Ele acredita que o Congresso derrube o embargo.

Guantánamo ainda é fruto de impasse nas relações

Raúl Castro, no primeiro discurso de um presidente cubano na ONU desde que seu irmão, Fidel, participou da Cúpula do Milênio, em 2000, disse na segunda-feira, para uma ávida plateia na Assembleia-Geral, que os dois países só poderiam normalizar os laços diplomáticos após Washington encerrar o embargo comercial e devolver a base naval norte-americana de Guantánamo para o controle cubano.

Chanceler cubano, Bruno Rodríguez disse que Raúl voltou a enfatizar os dois pontos no encontro com Obama, que ele chamou de “respeitoso e construtivo”. “O ritmo do processo para a normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos dependerá da retirada do bloqueio”, completou.

O embargo depende do Congresso americano — de oposição a Obama — para cair, mas as chances são boas. Já passar Guantánamo ao controle cubano está fora de cogitação. O máximo que Obama prevê é fechar a prisão.

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